terça-feira, 10 de agosto de 2010

O CANTO DO QUARTO

OI Tiurma como estão biem???

Esta é uma história de renascimento interior espero que gostem! mas só vou contar os detalhes pra quem postar comentário

beijos

O canto do quarto


O relógio já marcava 16:00hs, quando Angélica não se conteve e perguntou;
_Ele ainda está lá? Sua mãe Giovana mesmo com semblante triste e abatido com os olhos inchados por ter chorado naquela manhã inteira, balançou a cabeça de forma afirmativa, pois o silêncio predominava a aquele lugar.
Numa atitude já premeditada, Angélica disse:
_ Vou falar com ele! Mesmo receosa, pois não tinha idéia de que forma seria recebida. Mas com seu coração cheio de coragem.
Uma coragem que a dominava, baseada em sua esperança de que aquela situação se resolvesse.
Já era insuportável ver aquele “minino” vivendo ou tentando viver uma vida que não lhe servia.
Esquecido do mundo, pois o mundo lhe esqueceu também. Henrique criou um “mundo” só dele. Um mundo de constantes guerras interpessoais, passivo de senso de raciocínio, e ou ideologia política.
Aquele não era o rapaz ativo que todos admiravam, que muitos gostavam, mas que poucos amavam e disso ele sabia e não fazia questão de ter amigos, pois ele já tinha um “mundo”.
Portanto, no “mundo” dele só havia espaço para ele mesmo, e quem tentasse entender esse novo “mundo” seria também parte integrante do “canto do quarto” Quem o entenderia?
_ Henrique?
_ Você ta aí “minino” (porque minimizá-lo?) Perguntou sua irmã Angélica após bater na porta do quarto.
Permaneceu o silêncio por alguns segundos. Como não obteve resposta, resolveu arriscar de novo aquelas notas musicais das batidas na porta.
_ Eu quero falar com você! Disse a encorajada Angélica ao abrir a porta devagar. . . Com um tom de voz meio trêmulo
_Eu posso entrar? Ainda em silêncio, Henrique, rapidamente e voltou à sua posição fitou os olhos em sua irmã, mas nada respondeu, como a muito nada respondia, parecia que não havia ninguém ali.
Mas não havia mesmo.
Henrique estava no “mundo” dele mesmo que nunca chegou lá.
Mas como evitar? Angélica já havia entrado.
Agora foi a vez de Angélica procurar os olho de Henrique, mas, não os viu, pois estava sentado no chão do canto do quarto do seu “mundo”, de cabeça baixa com um livro entre as pernas e com os joelhos meio que dobrados a fim de sustentar um livro que lia.
Ao fechar a porta, observou que tudo estava em perfeita simetria disso Henrique sempre gostou, de tudo no lugar, e no “mundo” dele não poderia ser diferente.
A janela estava aberta, com um lado transpassado pelo vidro, tudo muito limpo também, e com cheiro de limpeza, pois dona Giovana sempre muito cuidadosa com o quarto e preocupada com o novo “mundo”.
_ Henrique sabe o que as pessoas falam de você? Seus amigos seus colegas, as pessoas que conhecem você? Disse a virtuosa Angélica.
_ Que você é um fraco, um louco, um demente que não consegue sair desse “mundinho” que você criou desde que perdeu o seu grande desejo!
Mas no “mundo” de Henrique, havia um deserto muito distante que para se sair do nosso mundo e chegar ao “mundo” de Henrique...Era um infinito com um fim tão próximo. Já estava declarado.
Parecia que Henrique não havia entendido. No “mundo” de Henrique a língua falada era apenas aquela q o próprio Henrique falava, silêncio.
Desse “mundo” nós os normais só conhecíamos a localização não o interior.
Assim como no nosso mundo existe o núcleo, no “mundo” de Henrique o núcleo era a alma que desejava explodir, entrar em erupção para ver se todo aquele rancor, raiva, decepção, ódio, dúvida, coração, aquela tristeza que afetavam a todos em sua casa.
O desamor pela própria vida, a angustia por viver e estar sem o seu único desejo. Saísse de uma vez e que Henrique voltasse para o seu lugar no nosso mundo.
Mas o que Henrique externava era o de permanecer em seu “mundo” diferente de sua alma e seus parentes que o queriam aqui.
Ah! Que mundo é esse que nem “mundo” a gente pode ser?
Mas Angélica disse um algo que conseguiu atravessar aquele infinito deserto enfim.
_ E você sabe o que nós a mãe o pai e eu pensamos sobre tudo isso?
Que nós entendemos o seu “mundo”, mas saiba que você faz muita falta ao nosso mundo.
_ Você perdeu o seu grande desejo, mas nós não perdemos o desejo de ter você de volta!
_ Ainda que seu grande desejo não te ame e não te queira, saiba que o nosso mundo te quer, porque você é muito importante para nós e te amamos e te desejamos.
As lágrimas começaram a rolar sobre seu rosto com a barba ainda por fazer, aqueles meses de solidão, de pensamentos incertos e de ódio controlado, passaram com que se instantaneamente.
Aquele novo “mundo” que tinha surgido há alguns meses atrás não resistiu à explosão do big-bem de compaixão e de um desejo pelo bem-querer.
Os amigos estavam errados os colegas também, talvez porque jamais puderam entrar além do canto do quarto, ali onde só os loucos ficam e o “mundo” é diferente.
Dona Giovana seu filho voltou ao mundo e com uma experiência de um “mundo” novo! Angélica seu irmão também fez a barba e seus olhos agora vêem o que o mundo lhe é.
O desejo do Henrique agora é mostrar ao mundo que o Amor constrói mesmo que para isso temos que destruir o nosso “mundo” em não mais que um final de conto!

6 comentários:

  1. Melancólico, mas a pura verdade, tem muita gnt q precisa de uma Angelica por ai!

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  2. Oie nego!!!

    Eu gostei do texto, mas fiquei cheia de incógnitas rsrsrs só pra variar né?
    Gostei da lição que a história nos passa que é o Amor pelo proximo, como sabemos o amor muito pode em seus efeitos, porem quero saber o que fez esse rapaz ficar assim???
    Hey quero respostas kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Beijos

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  3. Lindo e muito verdadeiro!!!!
    Muitas pessoas querem entrar nesse mundo magico!!!
    Ah o amor!!!

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  4. Ah meu amigo...como vc descreveu com perfeição o nosso momento de fossa..rsrs
    é bem assim mesmo que eu me sentia a uns..ah tah bom que eu ainda me sinto!! :(
    Sou sua fã!

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